Sunday, February 28, 2010

Se adapte ....

A questão é se adaptar .
Se estiver no circo ponha de vez o nariz de palhaço.
Se estiver no hospício trate logo de gritar e babar.

A questão é se adaptar.
Se estiver no velório sente-se e chore.
Se estiver numa festa, comece a dançar.

A questão é se adaptar.
Se for solteiro faça a festa.
Casado é melhor manerar.

Thursday, February 25, 2010

“ Por que ? “.



Eu cresci fazendo perguntas as quais as pessoas não sabiam responder, quando adolescente segui a linha, adulto não perco a oportunidade de mandar um “ por que ? “ que normalmente não vai voltar.

Em contrapartida recebo uns “ por quês ? “ os quais não tenho resposta , como por exemplo:

Mas por que você comprou um apartamento em ....... ?

Por que você escolheu esta área profissional ?

Por que você ficou totalmente careca ( maquina zero) ?

Por que você lê estes livros ?

Por que você trás iogurte com cereais para comer de manha ?

Enfim a lista é grande mas eu só posso dizer “ porque sim “ ... já que simplesmente escolhi.
Digamos que é a minha vingança, já que quase sempre fiquei sem respostas poucas vezes terei resposta.

Saturday, February 20, 2010

A FUGA

Jerusalém … não há tempo a perder, os soldados a qualquer momento podem chegar , o esconderijo não é seguro , não há minguem que em quem possamos confiar, os mesmos que assassinaram a família de bem não descasarão enquanto não nos matar também.

Temos a orientação, teremos proteção a nossa retaguarda , agora basta confiar e seguir sem olhar para trás, ainda assim há um grande temos em nosso corações... tudo pode acontecer no caminho até o aeroporto, Telaviv não é segura, “ A gloria do senhor sera a nossa retaguarda”.

ESTAÇÃO TERMINAL JULIO PRESTES , A CPTM DESEJA A TODOS UM BOM DIA.

Fecho meu livro com um pouco de raiva pois queria terminar a minha leitura, mas tudo bem no fim do dia eu continuo, o duro é aguentar o dia inteiro antes de voltar para Jerusalém.
Esse é mais uma das minhas experiencias com a leitura, já faz muito tempo , livro em questão é este abaixo.





Wednesday, February 17, 2010

Segundo dizem o ano vai começar amanha, então ... mãos a obra !!

Que há muito trabalho a fazer.

Wednesday, February 10, 2010

A liberdade que mata - A historia de Maggy.

Numa dessas noites quentes de sábado antes de ir embora, enquanto me despedia da minha noiva ouvimos um latido, olhamos ao redor e nada, a rua esta tranqüila e iluminada, passam-se segundos e ouvimos novamente, agora insistente como um chorinho vindo do portão em frente, olhando com um pouco mais de atenção vejo dois pares de olhos brilhando no meio do breu que era o quintal do vizinho.

Começou aí o nosso relacionamento com Safira e Maggy duas cadelinhas que por algum motivo chamaram a nossa atenção naquela noite, achei estranho , imaginei se alguma estaria acontecendo, mas o silencio do quintal foi mais que suficiente para me fazer crer que não havia nada de anormal acontecendo.

Nos dias que se seguiram a cena se repetiu de maneira a me surpreender o escândalo das duas cadelinhas ao me ver chegar, atravessei a rua , enfiei os braços pelo portão e fiz um carinho rápido nas duas, que desesperadas brigavam pelas minhas mãos.

Fui saber que maior e mais desesperada se chamava Safira e menorzinha e mais delicada se chamava Maggy. Mãe e filha sempre companheiras, corriam juntas pelo quintal quando me viam, tempos depois vim a saber que o escândalo se repetia com minha noiva, cunhados e até minha sogra, qualquer um da família era requisitado para fazer um cafuné e dar um pãozinho ou até jogar um beijinho.

Safira era toda espalhafatosa , se sacudia inteira para chamar a atenção, era a mãe e fazia uso do cargo em beneficio próprio, inclusive esticando a pata para ter todo o cafuné só para ela e se possível sufocando a pobre Maggy que diferente da mãe era toda delicada e docemente recebia nossos afagos, com o tempo nos referíamos a ela como a “bruxinha”, pois não tomava banho freqüentemente e de preta ficou cinza de tão encardida, mas os olhos e o sorriso eram cativantes por demais, cheguei a sugerir que raptássemos a Maggy depois de nos casarmos , idéia que foi abortada pois iríamos separar mãe e filha.

Mas a Maggy cresceu, e como todo adolescente , ficou rebelde e começou a fugir de casa. Era comum ouvir minha noiva dizer que a Maggy estava fora do portão, eu mesmo a coloquei para dentro algumas vezes, certa vez ela fugiu e ficou no portão da minha noiva querendo entrar, tomou gosto pela liberdade, e não há nada mais sedutor do que a liberdade.

Hoje 09/02/2010 minha noiva me ligou e me disse que conversando com a vizinha da frente recebeu a noticia de que um caminhão pegou a Maggy numa dessas fugas um caminhão em alta velocidade não conseguiu frear e atropelou a Maggy, foi triste saber o destino que a bruxinha tomou, com certeza vai deixar saudades.

Este texto é dedicado a ela, a eterna bruxinha...... Maggy

Saturday, February 6, 2010

Só Lamento

Quem vive da vaidade.
Se alimenta com a insanidade.
E da mascara seu documento.
Só lamento.


Discurso vazio.
Louco desvario.
Constante empobrecimento.
Só lamento.


O aplauso se faz seu alimento.
Falso e vão conhecimento.
Existência sem acontecimento.
Só lamento.

Wednesday, February 3, 2010

IRRADIANDO


Bom o post de hoje é para comemorar o celinho que ganhei do blog irradiando, da Marcela Fernanda e segundo suas regras devo apontar um post que mais gostei no blog dela que foi "sim e não" que nasceu de um comentário que fiz lá contando um trecho da minha propria historia, tomei um susto quando eu li de primeira, mas gostei porque enfim é tudo verdade.
Ofereço o selo a todos linkados ao lado.

Tuesday, February 2, 2010

Mohamed - um menino afegão.


Este livro entrou na categoria “ melhores “ , faz muito tempo que o li , coisa de 05 ou 06 anos atrás, antes de ser lançado uma leva de livros baseados em historias do oriente, o encontrei meio que por acaso na ultima Bienal do Livro que teve em São Paulo, e o comprei para dar de presente a minha irmã como uma forma de incentivá-la a ler ... o caso é que o livro ficou jogado por um tempo em casa e quando terminei de ler os que tinha comprado na bienal comecei a ler

O livro parece mesmo ser voltado as crianças ou pré adolescentes, com muitas fotos, escrito em letras grandes, linguagem facil e sendo didático em vários momentos, o que para muitos de nós que não estamos familiarizados com os costumes e linguagem Árabe é excelente.

A historia é narrada por um menino e temos apenas o seu ponto de vista sobre a guerra, a narrativa é simples e talvez por isso tão cativante, a inocência do menino chega a emocionar em certos momentos.

Me vi na pele daquele menino, fazendo os mesmos questionamentos sobre Deus, muitos “ por quês ? “ diante de uma realidade que ele não escolheu viver, mas que escolheram por ele. Mais do que uma jornada entre Cabul e Peshawar, Mohamed me levou a uma jornada sobre os meus questionamentos, meus valores e minha vida...

Dados abaixo, fica aí o convite a uma boa leitura.
Mohamed um menino Afegão
Fernando Vaz
Editora:FTD
Edição:1